Avô Francisco e Avó Elvira e filhos - 50 anos de casamento - João, José, Gabriel, António, Joaquim, Francisco e Ermelindo.
Se há matérias ou outros epítetos que me sejam caros, este que hoje trago à vossa ponderação, reflexão e até, porque não dizê-lo, à memória de muitos, principalmente os Lajenses da nossa diáspora é esta citação do https://www.facebook.com/groups/lajespico/permalink/445612168882266/ no grupo “AMIGOS DAS-LAJES DO PICO”, em boa hora criado pelo amigo Manuel Helder, lá inserida muito bem e muito a propósito, pelo meu tio João Madruga Ávila, mas também vos quero de deixar aqui referido que, em muitos dias da minha infância no período da escola primária – anos 58 a 62 – também o acompanhei, ao meu avô, mas lembro mais ainda o período do fim do dia, depois da chegada da “camioneta da carreira”, quando toda a gente esperava pela carta da américa e, se havia “cheiro de algum fiscal dos CTT”, no andar superior da estação dos Correios Lajense, meu avô – Francisco Machado Ávila, passava de imediato à afirmação solene: “é correspondência oficial? Senão só amanhã na distribuição…”
Lembranças e muitas mais tenho do avô Francisco, porque as do tio Joaquim ficam para outra altura (nem sei quando?) …
Voltamos ao post do meu, muito amigo, tio João (2013.10.14) e à sua citação rigorosa:
“Muitas vezes sonhamos acordados, e esta situação traz-nos, por vezes, à memória, recordações de um passado longínquo. Hoje, no silêncio da noite, “chegou” à nossa mente, aspetos vividos na nossa infância. Ainda desconhecíamos a Escola e já calcorreávamos as ruas da nossa vila, juntamente com meu pai, levando às casas que ele me indicava, cartas e jornais.
Como as moradas eram, muitas vezes, reduzidas a apelidos e nomes de familiares antigos, esta situação “obrigava-me” a fixar as pessoas e as casas onde moravam, além de, ainda, não saber ler. Por isso, ainda hoje, nos lembramos de cada um dos seus moradores que ali viveram nos meados da década de quarenta. Os dedos de uma mão chegam e sobram para contar os que ainda por cá andam. No entanto, foram construídas novas casas, enquanto outras desapareceram. Assim, os nomes indicados, por ruas, reportam-se aos donos ou moradores das casas existentes, naquele tempo. Ladeira da Vila À esquerda- João Capitão e Mário (Cima da Ladeira). À direita – Maria Ermelinda, José Pimentel, Teófilo e o Rico Lado esquerdo. Rua Direita: - 1ª.casa, Edmundo Ávila, Manuel José Machado, Evaristo Bettencourt, Maria do Nascimento, Ermida dos Remédios, Laureana dos Santos, Francisco Faria, Pensão Velha, Francisco Rodrigues, Gil Bettencourt/Guarda Fiscal, Maricas Tomé e João Manuel.
Lado direito: 1ª.casa, Frank, António da Antónia, Fidalgas, João Lacerda, Francisco Moniz, Chico da Luzia, António Joaquim, Alexandre Madruga, Alfandega, Manuel Ermelindo, Francisco Bettencourt (da Luzia), Manuel Cardoso, José Maria, Francisco “caranguejo”, Machadinhos, Chico Castro, Senhoras Castros, Martiniano, Grémio, Claudinas, Maria Vintém e Dr. Barroso. Rua Notário Tomé de Simas (Vulgo da Bicha) -À direita só tinha a casa da Professora Medina e à esquerda, a oficina do mestre Ferreiro. Rua da Cadeia - Ao tempo, não tinha casas. Rua da Miragaia À Direita – casa do Manuel Leal (hoje parte do Museu), João Maurício e Caiador. À esquerda – casa do António Vieira, mestre Antonico, José Metildes e Viveza; Rua de Olivença (vulgo rua de Baixo) Lado esquerda – 1.ª casa, Tomás Alves, Manuel Alves, Peixoto, Martiniano, Arnaldo Silva e Francisco Pimentel “Belisca”. Lado direito – 1ª.casa, Manuel Moniz, José da Silva, 2 casas,? , Machado (Bruques) e Gonçalo (Fotografo); Rua do Passal - À direita a casa da Honorina Ferreira e à esquerda da Gloria Serpa. Rua da Pesqueira - Hoje Rua dos Baleeiros só tem casas do lado da Terra – 1ª. Correios, José Rocha, Manuel Padeiro, Manuel Quaresma e Calvino, Leal, Armações Baleeiras, tenda de ferreiro do Manuel Macedo (Piloto) e Tasca José Alberto/Clube Lajense, Tio Ermelindo e Armando Castro. Rua de S. Francisco - Entrada da Vila das Lajes: Lado direito: 1ª.Casa, do José da Emília que foi mestre da lancha baleeira Zélia, 2.ª Casa, do João “Abrão” que foi oficial baleeiro. Lado esquerdo: Única casa, do Francisco Ávila “Gordo”.
Atualmente existem mais duas: Florentino e João Alves Avila. Rua do Engenho: Lado esquerdo – casa do José Chauffeur e Padaria. Rua do Saco - À direita – casa do mestre Manuel Ferreiro, cabo de mar Cardoso e António Craveiro. À esquerda – Casa do José Alberto, Manuel Piloto, Manuel Goulart, Manuel Macedo (talhante) e Sertório. Rua dos Biscoitos: À direita, casa do Manuel Soares e Eduardo Ávila. À Esquerda, António Simões e Avó Angélica. Rua dos Sapateiros:
Lado esquerdo – 1ª. casa, Padre Madruga, Senhura, Francisco José Pimentel, (na canada Maria Chiné), Guarda Manuel Maria, Joaquim Moniz e Adelino Bettencourt. Lado Direito – 1ª. casa, Manuel Domingos, Maria Nunes, Cabo Edmundo, João Pedro e Manuel Alves. Rua Dr. Campos: Lado direito: 1ª.casa, Filomena Teixeira, Maria Máxima, José Alves, ruinas da Matriz e casa das Finanças (António Silva). Lado esquerdo: 1.ª Casa - Escola (oficina mestre Antonico), João Alves “Sobiqueiro”, Dias Leal e Dr. Campos. Rua Eng. Falcão: Só tem casas à direita (lado da terra) – Oficina mestre Manuel “Experiente”, João José Machado e Capitão Alves. Rua Nova: Lado direito - 1ª.casa - Manuel Augusto, António Metildes, José Garcia, Jaime Padeiro, Germano Domingos, Laureana Padeira, Tia Costa, José Vieira, António Silva e casas de arrumo de Manuel Cardoso. Lado esquerdo - 1ª.casa, Armando Castro, Laureana, tia Cândida, (na canada, oficina Cacheta e a casa do António Pereira), “Caramuja”, Luciano, Manuel Pereira Cacheta, Pe. José Vieira, António S. João e Francisco (da Luzia) Bettencourt. Rua Padre Manuel José Lopes: Lado esquerdo: 1ª.casa, Manuel J. Lopes, Farmácia, Manuel Quaresma, José Rodrigues, “Bonzinhos”, Manuel do José António (mestre da Hermínia), Manuel Joaquim Martiniano. Lado direito: Ruinas da Matriz, Delegação Marítima, Luís do Cego, Francisco Machado (Pai da Palmira) e João Moniz. S. Pedro - À esquerda - Casa família Madruga, Francisco Rosa, mestre Antonico Melo. Ao lado da Ermida de S. Pedro, tia Adélia, Boaventura, e José Luis (Cobrador).” Fim de citação.
Achei por bem, com a devida vénia ao seu autor, deixar este repositório de memórias de meu tio João Ávila, aqui registado no jornal das Lajes – O Dever, para memória futura, como soe dizer-se hoje…
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